sábado, 19 de março de 2011

Mutirão em horta no Morro da Coroa com o Santa Horta



Um "nózinho" no arame e garrafas PET cortadas. Eis uma horta vertical! Simples assim.

Laura (10 anos) ajudando para levar o que foi limpado para a composteira

Duas integrantes do nosso núcleo participaram hoje de um mutirão de uma horta criada pelo grupo Santa Horta no Morro da Coroa - Santa Teresa. Antes um depósito de carros velhos e detritos, hoje o espaço está repleto de verde, com canteiros lineares e circulares, feitos de garrafas PET e hortinhas verticais feitos com copinhos de iogurte e arame.

A horta foi criada há 5 anos pela equipe do Santa Horta (http://www.santahorta.blogspot.com) e hoje conta com a manutenção e dedicação do Sr. Áurio. O mutirão serviu para desabastar o mato que crescia nos caminhos e nos canteiros e para para dar lugar a novas plantações. Aproximadamente 20 pessoas estiveram por lá botando a mão na terra. Ao final, um delicioso lanche foi servido, com direito a pão integral artesanal e orgânico produzidos por Johnson do Grão da Saúde (graodasaude@hotmail.com).

Enquanto trabalhávamos, muitas conversas interessantes. Duas que vale a pena pesquisar mais: 
A potência de proteinas e calcio do Ora Pro Nóbis e o sabor e propriedades da Vinagreira. Abaixo, informações algumas dicas:

ORA PRO NOBIS (Pereskia aculeata): Conhecida em muitos estados como " a carne dos pobres" devido a seu valor proteico.  Devido sua riqueza protéica é apelidado de "carne de pobre": suas folhas possuem cerca de 25% de proteínas das quais 85% acham-se numa forma digestível, facilmente aproveitável pelo organismo. É um valor muito alto, mesmo se comparando com vegetais mais famosos, como o espinafre, que tem um teor de 2,2% de proteínas. Possui ainda vitaminas A, B e principalmente C, além de cálcio, fósforo. Pode ser usado em saladas, refogados, sopas, omeletes, tortas etc. Na roça, é comum o hábito de misturá-lo ao feijão e combiná-lo com angu, ou então servir suas folhas em substituição às da couve, acompanhando o frango à cabidela. Na medicina a grande vantagem da planta é no abrandamento dos processos inflamatórios e na recuperação da pele em casos de queimadura. Como ornamental, pode-se usar como cerca viva. 
 

VINAGREIRA (Hibiscus sabdariffa L):  Da vinagreira tudo se aproveita. Compõem pratos de saladas ou podem ser consumidas cruas, como acompanhamento – mas são refogadas que suas folhas ganham um sabor todo especial. Do cálice, que possui o sabor azedo característico da vinagreira, pode-se obter suco, da planta crua ou cozida. A geléia e o doce são feitos a partir do cálice triturado ou em pedaços, cozido com açúcar até alcançar o ponto de fervura ideal para o preparo desejado. O chá vem da simples infusão do cálice seco. Além do vinho e do vinagre, faz-se também picles, a partir da compressão de camadas alternadas do cálice com sal.  Mas é no Maranhão que a vinagreira, quando chega à cozinha, ocupa a cena de rainha do cardápio regional. Conhecida em terras maranhenses também como “joão-gome”, ela é o ingrediente básico do principal prato da culinária maranhense: o cuxá.

Propriedades medicinais: albuminóide, anestésica, aromatizante, antiescorbútica, antiespasmódica, aperiente, corante, digestiva, diurética, emoliente, estomático, laxante suave, vasodilatadora periférica.

Indicações: dieta de emagrecimento, fortalecimento dos cabelos, espasmo gastrintestinal, espasmo e cólica uterina, má digestão, gastrenterite, hipertensão, constipação intestinal, falta de apetite, ativar a excreção da urina, infecções da pele, varizes, hemorróidas.
 
Modo de usar:
- saladas, cruas ou refogadas, geléias, sucos.
- chá das flores ou folhas.  


(leia mais sobre essa planta no site da Revista RAIZ e Planta Med)